sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

CTNBio aprova variedades de milho e algodão transgênicos

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira a liberação do plantio comercial de mais duas variedades de milho transgênico, além de ter dado autorização para cultivo comercial de um algodão geneticamente modificado.


A CTNBio deu aval para um milho transgênico desenvolvido pela Monsanto em parceria com a Dow AgroSciences que combina a resistência de vários genes, incluindo o da tolerância a insetos e aos herbicidas glifosato e glufosinato.


No mês passado, a CTNBio já havia aprovado um outro milho transgênico da Monsanto, mas este combinando dois eventos geneticamente modificados (a resistência a insetos e ao herbicida glifosato).


A CTNBio autorizou ainda nesta quinta-feira o plantio do milho desenvolvido pela Monsanto (MON 88017) resistente a larvas de raiz e tolerante ao herbicida glifosato.


"Essa é a primeira tecnologia da Monsanto para o controle de pragas de raiz aprovada no Brasil", afirmou em nota a Monsanto, a empresa com mais produtos transgênicos aprovados no Brasil.


Um algodão desenvolvido pela Bayer, tolerante ao glifosato, também foi aprovado nesta quinta-feira.


"A tecnologia GlyTol foi desenvolvida pela Bayer CropScience para auxiliar o produtor a controlar melhor as plantas daninhas em lavouras de algodão", afirmou a empresa em nota.


O GlyTol permite o uso seletivo de herbicida à base de glifosato para o controle das plantas invasoras, que comprometem a qualidade de pluma e produtividade da lavoura.


A Bayer avalia que poderá lançar no mercado o novo algodão em 2012/13.


Com as aprovações desta quinta-feira, a CTNBio elevou para 27 o número de produtos agrícolas transgênicos aprovados no Brasil, segundo dados do Conselho de Informações sobre Biotecnologia, uma organização não-governamental.


Do total aprovado, 15 são de milho transgênico. A soja tem cinco variedades geneticamente modificadas aprovadas, e o algodão, sete.


Alguns dos produtos aprovados anteriormente já tiveram novas tecnologias lançadas no mercado que superam as inicialmente liberadas.

Fonte: Estadão