sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

MP de Suzano vai analisar demissões na Tsuzuki

A situação dos 450 funcionários demitidos da Indústria Têxtil Tsuzuki Ltda. está sendo analisada pelo Ministério Público do Trabalho de Suzano. Segundo a advogada do Sindicato dos Têxteis de Mogi das Cruzes, Valdina Alves de Souza, a previsão é de que até o fim da próxima semana todos os casos tenham passado por audiência com os juízes das 1ª e 2ª varas do trabalho no município.

A advogada explica que desde o dia 25 de novembro, quando a empresa anunciou as demissões, a presidente do Sindicato Júlia Gonçalvez Baumgartner está cuidando dos interesses dos trabalhadores e gerando os processos para que eles recebam o salário de novembro, férias comuns e proporcional, multa do artigo 447 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e aviso prévio indenizado. 
O advogado da Tsuzuki, Rômulo Gusmão, explicou que o valor do último mês de prestação de serviços de centenas de funcionários que refere-se à novembro não foi pago. Porém, será quitado com a verba rescisória.

"Não vamos deixar os trabalhadores na mão, sem verba nenhuma no fim de ano. Por isso, procuramos imediatamente o poder judiciário que nos deu apoio. Os juízes estão liberando as audiências por alvará para que eles (ex-funcionários) deem entrada no FGTS", explicou Valdina. 
Em entrevista ao Diário do Alto Tietê, do Grupo Mogi News, o Sindicato dos Têxteis de São Paulo reagiu mal em relação à posição do sindicato da região por não tomar medidas mais extremas diante da situação da demissão em massa de funcionários. "Tinha de acampar dentro da empresa até que a solução fosse resolvida e beneficiasse os trabalhadores. O sindicato existe para apoiar", criticou o diretor José Roberto dos Santos. A advogada rebateu as críticas dizendo que não entendeu a declaração, uma vez que o Sindicato de São Paulo nunca apoiou a causa destes funcionários. Ela também disse que a possibilidade apresentada pelo diretor de invadir a empresa está descartada, pois isso prejudicaria os mais de 800 funcionários que continuam trabalhando e também o andamento da empresa. 
"A empresa tem de ter lucro para que os trabalhadores recebam o que é de direito deles", concluiu.

Fonte: Mogi News