quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Relatório sobre incêndio em fábrica deve sair em 30 dias

Chamas destruíram parte da Norfil Fiação Têxtil. Gerente, de 54 anos, morreu dentro do local na noite de segunda


Acontece na manhã de hoje, a partir das 8h, em Natal, no Rio Grande do Norte, o velório e enterro do engenheiro Almir Thiago de Souza Macedo, 54 anos, vítima do incêndio na fábrica Norfil Fiação Paraibana de Algodão Industrial Têxtil, ocorrido na noite de segunda-feira, no Distrito Industrial, em João Pessoa. Segundo o boletim médico da Gerência de Medicina Odonto Legal (Gemol), a vítima apresentou queimaduras e sinais de intoxicação, que culminaram em uma parada cardíaca.


Equipes tentam apagar as chamas que tomaram parte do prédio Foto: Assessoria do Corpo de Bombeiros/D.A Press
Logo que ocorreu o incêndio, equipes do Corpo de Bombeiros foram para o local para tentar apagar o fogo que atingiu vários galpões cheios de fardos de algodão. Ao chegar ao local, a equipe encontrou vários funcionários jogando água de várias formas na tentativa de debelar as chamas, que se espalhavam rapidamente pelos compartimentos. A maior prioridade do Corpo de Bombeiros era evitar que o fogo atingisse a parte central da fabrica.

A assessoria do Corpo de Bombeiros informou que o incêndio ocorreu por volta das 17h45, e até o fechamento desta edição, não existia previsão para o encerramento das ações da corporação na fábrica. Cerca de 30 homens continuavam trabalhando para conseguir acabar com o fogo. Ainda esta semana, uma equipe dos bombeiros irá realizar a perícia para apurar as causas do incêndio. A corporação só se pronunciará sobre possíveis causas do incêndio após a conclusão da ocorrência e do laudo da perícia, que será concluída dentro de 30 dias.

O diretor de Recursos Humanos da Norfil, Dionísio Mendes Júnior, afirma que a empresa ainda não conseguiu calcular o valor total do prejuízo. Ele disse que será realizado um levantamento interno nos próximos dias. De acordo com um funcionário da Norfil, que preferiu não ter o nome divulgado, os trabalhos nos armazéns 3 e 4 da fábrica foram suspensos. Nos outros departamentos, o expediente foi normal, mas os funcionários estavam tensos com a tragédia. "O clima de trabalho hoje por aqui foi muito ruim. OAlmir era um colega de trabalho muito querido da empresa", diz.

Almir Thiago de Souza Macedo trabalhava há mais de 15 anos na empresa, e tinha uma rotina de trabalho em João Pessoa de segunda a sexta, e nos finais de semana e feriados retornava para Natal(RN), onde mora sua família. O corpo dele foi examinado no IML, em João Pessoa, e foi liberado na tarde de ontem.


Fonte: Jornal do Norte