Produtores de algodão de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, estão otimistas com o mercado e esperam um ano favorável para a cultura. A área plantada aumentou e as lavouras se desenvolvem bem.
Na fazenda Cereal Ouro foram plantados 300 hectares e outra área do mesmo tamanho, que está ocupada com feijão, vai receber as sementes assim que o grão for colhido. São 200 hectares a mais que em 2009.
O tempo tem ajudado e o desenvolvimento da planta é considerado bom, mas a preocupação no momento é com o controle das pragas, como a lagarta que ataca a folha do algodão. Por isso, o monitoramento da lavoura é feito quase que diariamente.
Já foram comercializadas 60% da área ocupada com algodão na propriedade. A arroba em pluma foi vendida antecipadamente em média por R$ 60. O aumento na cotação foi de quase 100% em comparação com o ano passado.
A produção foi vendida para uma indústria de São Paulo. O administrador da fazenda explica que alguns fatores ajudaram na reação do mercado do algodão. “O consumo continua mantido e a produção lá em cima diminuiu. Os estoques de passagem, por exemplo para esse ano, estão muito baixos e a indústria precisa comprar. Como o algodão está escasso, a indústria está pagando um preço melhor para o produtor”, contou Eduardo Sperotto.
O agrônomo Mizael Nunes explicou que vendeu o algodão por R$ 60 porque o contrato foi fechado há 90 dias para entrega em agosto deste ano, época da colheita. Quem está fazendo negócio agora, consegue um preço melhor.
Fonte: Globo Rural