O mercado brasileiro de algodão encerrou o mês de agosto com ritmo moroso nos negócios. Os compradores acreditam que as cotações devem recuar nos próximos dias, com o aumento dos lotes da safra nova. “Com isto, mantêm uma postura retraída”, explica o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento.
Assim, a pedida dos vendedores, por volta de R$ 1,70 por libra-peso no CIF de São Paulo – terça-feira, dia 30 -, tem servido apenas como referência nominal. Em relação ao mesmo período do mês passado, o preço apresenta retração de 5,6%. Comparada à igual momento do ano passado, a queda acumulada é de 23,8%. “O principal fator que impede uma retração mais consistente neste momento é a firmeza das cotações internacionais, garantida basicamente pela redução na produção norte-americana”, lembra Bento.
Segundo o Boletim Semanal da Somar Meteorologia, as boas condições meteorológicas registradas nesta última semana sobre as principais áreas produtoras do Centro-Oeste, como tempo seco e temperaturas elevadas, têm proporcionado o avanço rápido da colheita. Assim, quase 90% das lavouras já foram colhidas no Mato Grosso e 85% em Goiás, valores ligeiramente superiores ao do mesmo período do ano passado.
Na Bahia, a colheita também segue sem transtornos e já se encaminha para a sua finalização nestas próximas semanas. Por lá, os índices de produtividade estão muito bons, uma vez que os percentuais de lavouras de 2ª safra são bem pequenos e, desse modo, quase toda a produção estadual é oriunda do algodão safra, na qual recebeu um bom volume de chuvas ao longo de seu desenvolvimento, resultando em lavouras bem vistosas e com alta produção. A qualidade das fibras também vem se apresentando de boa a excelente.
Fonte: A Tribuna MT
