sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Algodão cai 3,5% em NY com aumento da oferta no mundo

Os preços do algodão fecharam com queda expressiva na Bolsa de Nova York, depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) elevou as estimativas para a produção e os estoques mundiais e reduziu a projeção de consumo. O contrato com vencimento em março recuou 3,47%, para 90,38 centavos de dólar por libra-peso, o menor preço do ano até agora. O Rabobank avaliou que caso os produtores americanos colham uma grande safra em 2012, as cotações cairão ainda mais.

O USDA elevou a projeção do estoque mundial de algodão ao final da safra, em julho, para 13,23 milhões de toneladas, de 12,7 milhões de t previstos em janeiro. A estimativa de produção subiu para 26,85 milhões de t, de 26,74 milhões de t, enquanto o consumo recuou a 23,88 milhões, de 23,95 milhões de t.

Em Chicago, os mercados dos grãos reagiram de forma apática às novas estimativas do USDA, que não trouxeram grandes novidades. O governo americano reduziu a projeção da safra brasileira de soja de 74 milhões para 72 milhões de t. Já no Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a mesma safra em 69,23 milhões de t, de 71,75 milhões previstos em janeiro. O USDA reduziu a projeção da safra da Argentina de 50,5 milhões para 48 milhões de t e a de milho de 26 milhões para 22 milhões de t. Esses cortes já eram esperados. Na bolsa, o contrato março da soja caiu 0,32%, para US$ 12,2750 por bushel. O mesmo vencimento do milho cedeu 0,86%, para US$ 6,37 por bushel.

Fonte: Estadão