quinta-feira, 19 de abril de 2012

Setor têxtil pede mais prazo para pagamento de ICMS

Comitê da Fiesp defende prorrogação do vencimento para liquidação do ICMS e explica importância de aprovar em plenário a Resolução 72 Elias Miguel Haddad, vice-presidente da Fiesp e coordenador do Comtextil da entidade Com presença de Elias Miguel Haddad, vice-presidente da Fiesp e coordenador do Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil, Confecção e Vestuário (Comtextil) da federação, a Assembleia Legislativa de São Paulo sediou na segunda-feira (16/4) o primeiro encontro da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Têxtil e de Confecção. No dia seguinte, a discussão sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor foi estendida na reunião plenária do Comtextil, realizada na sede da Fiesp. “Hoje, é mais barato produzir fora do estado de São Paulo. E ainda mais fora do Brasil. Precisamos ter condições para reverter esta situação”, afirmou Haddad. O coordenador do Comtextil destacou ainda a importância da prorrogação do vencimento para liquidação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 90 dias. Atualmente, o prazo médio é de 40 dias. “As empresas vendem com 90, até 120 dias de prazo, conforme o grau de negociação e a necessidade de vender. Elas são obrigadas a ceder e, desta maneira, ‘financiam’ o governo do Estado”, criticou Haddad. Oswaldo de Oliveira Filho, coordenador-adjunto do Comtextil, reforçou o coro. “Os prazos de pagamento dos impostos estaduais são os mesmos desde os tempos da inflação [décadas de 1980 e 1990]. E continuamos pagando praticamente à vista, enquanto que os empresários concedem cada vez mais prazo de pagamento aos clientes. Assim acabamos financiando o governo, que não precisa disso”, ratificou. Oswaldo de Oliveira Filho, coordenador-adjunto do Comtextil Oliveira Filho apoia a ideia de solicitar ao governo estadual a ampliação do prazo para os pagamentos de forma gradual, de cinco dias por mês até alcançar 90 dias. E com a possível aprovação da Resolução 72, que segue para votação no plenário do Senado na próxima semana, ele espera o apoio dos deputados. “Os parlamentares precisam pressionar os senadores para que a resolução seja aprovada em plenário, porque isso é um grande ganho para nosso setor. O porto de Itajaí (SC), por exemplo, estava virando quase uma ‘indústria têxtil’ chinesa”, analisou o coordenador-adjunto ao comparar a produção nacional com a entrada de importados por outros estados. Expectativas Ainda na reunião, o diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), Marcelo Prado, apresentou dados referentes às vendas do setor nos últimos cinco anos. Prado explicou que, caso o Brasil seja campeão da Copa em 2014, haverá um boom de vendas de roupas esportivas, fato que poderá se repetir nos Jogos Olímpicos de 2016. O movimento em torno desses grandes eventos, segundo o diretor do IEMI, já apresenta reflexos no segmento de roupas profissionais. Fonte: Fiesp